terça-feira, 23 de novembro de 2010

"A história da marcha nupcial!"

Não importa o tema, ou quem dança o que, todo ano eu estarei lá. Eu não sei seguir o ritmo, não sou boa, não tenho o corpo e o tamanho certo, e não tenho a leveza... Mas como é lindo não é? Quer dizer, olhe pra elas, elas não são mulheres, garotas, bailarinas, são... Quase fadas dependendo da dança, são pessoas que deixaram uma coisa chamada paixão tomar seu corpo todo, e fazer com ele os passos mais maravilhosos, ao som dos meus clássicos preferidos, com os vestidos de princesas, ciganas, bonecas...É arte! É a alma do palco, é o coração do espetaculo!

Sempre, todos os anos, nessa noite que eu vou ver essa arte acontecer... Sinto um aperto no peito que diz "Como seria se eu ainda estivesse ali?". Sinto a dor do arrependimento, por que por mais que eu saiba que eu sou horrivel na ponta dos pés, meu coração gostava de algum jeito. E dói. Dói muito, por que meu desejo é estar ali, mas quem sou eu afinal, pra voltar no tempo agora? Não dá mais tempo. Não dá.

E eu sentada da plateia acompanho tudo aquilo, com os olhos cheios de água de orgulho de quem conseguiu, e de admiração por pessoas que nunca saberão meu nome. No final danço com elas, toda tonta do jeito que eu sou, mas naqueles últimos segundos de dança boba, sinto uma paz que eu só sinto...

Bom, no palco.

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