segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vodka

"O silencio incomodo que pairava no lugar assustava-me, deixando-me desconfiada como se eu verdadeiramente não tivesse uma razão para estar ali, o que me fazia quase que insistentemente repensar meus atos perante aquela situação.

Ele não me amava.

E por mais insistente e estupidamente que fosse eu simplesmente não conseguia acordar para a realidade toda vez que seus olhos batiam aos meus. Era tão errado, o amor para mim parecia uma coisa errada, como a heroína te vicia depois te mata aos poucos, torturando-lhe para que cada parte de seu corpo sofra de uma maneira

Era inevitável, sentir algo assim, como se você quisesse se afundar em um martírio só seu, uma bolha onde ninguém possa entrar um mundo onde você simplesmente era quem queira que fosse com ele ou sem ele. O amor é como faca afiada cravada na parte mais sensível do lado esquerdo do peito, jorrando sangue de uma maneira intensiva de mais para acreditarmos que não é real.

E o eu te amo, é como vodka doce quando se é bem vinda e amarga quando não, mas do mesmo jeito ela desce pela garganta marcando-lhe com os rastros de fogo que se sobrepõe em seu sabor, queimando cada parte sensível em suas cordas vocais impedindo-lhe de usar um timbre melhor. Saindo sempre agudo, amargo e dolorido.

- eu não te amo

- eu sei."

Um comentário:

  1. nossa, amei, foi voce que escreveu?? muito daora mesmo :)
    :**

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